sexta-feira, 6 de abril de 2018

Market-In

Acreditamos que a palavra marketing deveria ser escrita como market-in, (em inglês Market=mercado e a terminação em gerúndio “ing”=ação…Mercado em ação). Isso nos faria lembrar, sempre, que o marketing consiste em lidar com um mercado em constante mudança e que, para entender o marketing de ponta temos primeiro que entender como o mercado vem se transformando nos últimos anos.



Uma nova espécie de consumidor, aquela que será a maioria, num futuro próximo, está emergindo globalmente – jovem, urbana, de classe média, com mobilidade e conectividade forte. Enquanto os mercados maduros estão lidando com uma população que envelhece, o mercado emergente está desfrutando de uma população mais jovem e mais produtiva.
A maioria pertence a classe média, aspiram realizar grande feitos, principalmente relacionados ao empreendedorismo, experimentar produtos mais sofisticados...fazendo deles um mercado irresistível aos profissionais de marketing.
Mobilidade. Esse público se desloca muito e com muita frequência, o mundo ficou pequeno...trabalham longe de casa, não tem muitos apegos...vivem em ritmo acelerado. Tudo deve ser instantâneo e poupar tempo. Quando estão interessados em algo que veem, por exemplo, na TV, procuram em seus dispositivos móveis. Quando estão decidindo compras em lojas físicas ou on line, pesquisam outros preços, reputação e qualidade on-line. Sendo nativos digitais, podem tomar decisões de compras em qualquer lugar e a qualquer momento. Apenas de formados pela internet, adoram experimentar coisas fisicamente, valorizam o alto envolvimento ao interagir com marcas. Também são sociais, confiam mais em sua rede de amigos e família do que em nas empresas e marcas. Resumindo: são altamente conectados.
Isso faz com que o mercado crie um campo de jogo nivelado, a competitividade das empresas não será mais determinada pelo seu tamanho, seu país de origem ou suas vantagens passadas. Empresas menores, mais jovens e localmente estabelecidas terão cada vez mais chance de competir com empresas maiores, mais antigas e globais.
Neste contexto, as marcas não deveriam ver mais os consumidores como meros alvos, como sempre foi comum, onde as empresas utilizavam de diversas mídias publicitárias para se destacar da multidão e dar respaldo a imagem de sua marca, fazendo as marcas serem tratadas como uma embalagem externa, essa abordagem passa a deixar de ser eficaz, porque, com a ajuda de suas comunidades, os consumidores se defendem das marcas das quais são alvos. O relacionamento entre marcas e consumidores não deveria mais ser vertical, e sim horizontal. Os consumidores deveriam ser considerados colegas e amigos da marca e a marca deveria revelar seu caráter autêntico e ser honesta sobre seu verdadeiro valor. Somente então ela será confiável. Os profissionais de marketing precisam embarcar na mudança para um cenário de negócio mais inclusivo e humano, afinal, os consumidores estão adotando uma orientação horizontal, desconfiam cada vez mais das comunicações de marketing das marcas e preferem confiar no seu círculo social, amigos, família, fãs, seguidores...o processo de compra está se tornando mais social do que nunca.
Isso cria um conjunto de paradoxo para os profissionais de marketing, sendo o principal deles a integração on-line verso off-line. Ambas devem existir e serem complementares, com o objetivo comum de oferecer uma experiência superior ao consumidor...quem sabe um momento UAU!!!
Momento “UAL”?? Neste caso é uma expressão que um cliente profere quando em uma situação de grande satisfação ou inusitada, fica sem palavras. Vamos falar de 4 características que constituem um momento “UAL”: 1 – Quando alguém tem uma expectativa, porém recebe muito mais. 2- A ansiedade oculta de uma pessoa ou público, quando satisfeita, pode desencadear um momento “UAL”. 4 - E por fim, o momento “UAL” é contagiante e quem experimenta defenderá e espalhará a boa notícia. Empresas e marcas nunca deveriam deixar o momento “UAL” ao acaso.